Prisão de Bacellar: STF questiona volta de deputado à Alerj no dia da prisão de TH Joias e cita ‘célere manobra’ do governo do RJ
03/12/2025
(Foto: Reprodução) Prisão de Bacellar: STF questiona volta de deputado à Alerj no dia da prisão de TH Joias e cita ‘célere manobra’ do governo
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a prisão do presidente da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), Rodrigo Bacellar, por suspeita de vazamento de informações na operação que prendeu o então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, determinou também que fossem enviadas informações sobre o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Rio e sobre o Diário Oficial do Estado.
O STF solicitou dados de logs de acesso, criação, disponibilização de documentos e assinaturas de processos ligados à exoneração de Rafael Picciani e à nomeação de Rodrigo Dantas Scorzelli para o cargo de secretário de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal, a movimentação — descrita como uma “célere manobra regimental” feita pelo governo do estado e pela Alerj — ocorreu em 3 de setembro, poucas horas após a prisão de TH Joias.
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TH Joias e Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj
Divulgação
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O objetivo, de acordo com a PF, seria promover o retorno imediato de Rafael Picciani ao posto antes ocupado por TH Joias, então suplente.
Os investigadores apontam que a iniciativa buscava criar uma “estratégia imediata de controle de danos" para desvincular a imagem da Alerj do político investigado por ligação com o crime organizado.
A decisão também ressalta que TH mantinha proximidade política com Bacellar e com o governador Cláudio Castro (PL), sendo presença frequente em eventos institucionais dos Poderes Executivo e Legislativo.
“Tal articulação serve como forte indício de que o vazamento de informações pode ter tido como objetivo primário a proteção de agentes políticos aliados à organização criminosa”, diz um trecho citado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Rodrigo Bacellar
Thiago Lontra/Alerj