'Eu escreveria se soubesse': livro transforma relatos de potiguares privados da escrita em contos
21/12/2025
(Foto: Reprodução) Processo de escuta do livro 'Eu escreveria se soubesse'
Divulgação
Um livro lançado no mês de dezembro no Rio Grande do Norte reúne contos a partir de relatos de potiguares moradores de comunidades rurais e de periferias urbanas que não sabem escrever.
“Eu escreveria se soubesse” é uma obra de Ana Santana Souza, Anna Karlla Fontes e Octávio Santiago, que leva os personagens como coautores, permitindo que fala deles conduzisse a narrativa (veja mais sobre os autores mais abaixo).
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A obra reúne 15 contos baseados em histórias reais de norte-rio-grandenses. São eles:
Ana Nascimento;
Badeco;
Baiana;
Biuíca;
Dair;
Dona Neuza;
Gaspar,
João da Bolacha;
Lurdes;
Luiz Luna;
Mané Mulher;
Maria Margarida;
Maria Pequena;
Novinha;
Vanusa.
Segundo os organizadores do livro, os textos mantêm a cadência da fala e o modo como as histórias foram narradas por seus protagonistas.
Eles reforçaram que o livro busca transformar relatos de pessoas privadas da escrita no Rio Grande do Norte em literatura, a partir da valorização da oralidade e da escuta. O processo envolveu memórias e referências culturais.
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As narrativas foram recolhidas em comunidades rurais, periferias urbanas, regiões de pesca e áreas de mangue de municípios como Caicó, São Fernando, Macau, Canguaretama, Parnamirim e Natal.
O conjunto da obra forma um mosaico social que aborda temas como trabalho infantil, deslocamentos, abandonos, vínculos comunitários e meios de viver e resistir no Estado.
Segundo os organizadores, cada protagonista definiu o ritmo e o tom da própria narrativa. Além dos contos, o livro traz perfis biográficos que aproximam o leitor das trajetórias reais por trás das histórias.
Autores
O livro foi organizado e parcialmente redigido por:
Ana Santana Souza, doutora em Literatura Comparada e professora aposentada da UFRN;
Anna Karlla Fontes, jornalista com atuação voltada à narrativa oral;
Octávio Santiago, jornalista e doutor em Comunicação, pesquisador das relações entre identidade e estereótipos.
O projeto foi financiado pela Lei Paulo Gustavo, por meio do governo do RN. Parte da tiragem será destinada à doação para escolas, bibliotecas comunitárias e salas de leitura.
Processo de escuta do livro 'Eu escreveria se soubesse'
Divulgação
Lançamento
“Eu escreveria se soubesse” tem tido lançamentos ao longo do mês de dezembro, na capital e no interior do estado.
O livro também poderá ser adquirido com os coautores e junto à editora Sol Negro ([email protected]). A obra conta ainda com versão em audiolivro disponível no Spotify.
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