Brasil tem o maior número de vendavais com ventos acima dos 80 km/h desde 2000, diz Inmet

  • 18/12/2025
Brasil tem recorde de vendavais acima de 80 km/h Outro risco além da chuva são os vendavais, que foram mais frequentes em 2025. O tempo fecha e a gente já se preocupa com a chuva e os ventos fortes. Cada vez mais fortes. Em 2025, até agora, foram 117 vendavais com ventos acima dos 80 km/h. O maior número desde que o Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, começou a fazer medições automáticas por todo o Brasil, no ano 2000. O Rio Grande do Sul registrou três dos quatro vendavais mais fortes de 2025. O estado é a porta de entrada dos ciclones extratropicais no país. É no rio grande do sul que o ar frio do polo e o ar quente e úmido, da amazonia, se chocam e criam condições para o fenômeno. Os vendavais atingiram ainda o Distrito Federal e outros 15 estados. Em Altamira, no Pará, os ventos chegaram a 140km/h e vieram com chuva, como é mais comum. Mas, na semana passada, a cidade de São Paulo foi castigada por vendavais sem chuva, em um dia de céu azul. Geralmente, um ciclone extratropical é formado por correntes de ar que vêm do oceano. Mas o que atingiu São Paulo foi formado por uma corrente úmida, que passou pelo mar, e por outra corrente seca, que se formou no continente, perto da fronteira com a Argentina. A umidade ficou no Sul, mas o vento seco veio forte para São Paulo. Os meteorologistas afirmam que isso nunca tinha acontecido na cidade. “Um ciclone tão intenso quanto esse se formando de uma forma tão precoce como a gente viu é o resultado das mudanças do clima que a gente anda observando. A partir de agora, a gente pode ter sim esse tipo de formação, porque a atmosfera já começa a se comportar dessa forma”, afirma César Soares, meteorologista da Climatempo. As construções em uma cidade como São Paulo também aumentam a força do vento. Os prédios altos alinhados em uma rua ou em uma avenida, forma um funil que canaliza e, por isso, acelera a passagem do ar. E um objeto no meio do caminho - uma árvore, por exemplo - tem mais chance de cair. A fumaça e uma maquete do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo demonstram a formação de corredores. Dependendo da direção, os edifícios dispersam os ventos. Mas se a rajada vem de outro lado, os prédios formam um canal e o vento ganha velocidade e força. Se o clima já está mudando, as cidades também precisam mudar. “O ideal é que a gente possa começar a fazer um replantio de árvores para que se criem novos obstáculos, além de haver o melhor controle da umidade, da temperatura e também da questão do vento", afirma Gilder Nader, pesquisador do IPT.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/12/18/brasil-tem-o-maior-numero-de-vendavais-com-ventos-acima-dos-80-kmh-desde-2000-diz-inmet.ghtml


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