Sem permissão para dirigir, jovem que matou dentista atropelada no AC é investigada por descumprir pena
04/09/2025
(Foto: Reprodução) Mulher condenada por homicídio culposo no Acre é vista em vídeo com quadriciclo
Gabrielly Lima Mourão, condenada a prestar serviços público atropelar e matar a dentista Maria Josilayne Ferreira Duarte, em setembro de 2021, em Rio Branco, virou alvo do Ministério Público do Acre (MP-AC). O órgão investiga vídeo em que jovem aparentemente dirige um quadriciclo.
Em 2023, Gabrielly foi condenada a três anos por homicídio culposo, no entanto, a pena foi convertida a prestação de serviços comunitários 8 horas por semana, durante três anos.
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A Justiça também determinou que ela pague R$ 1,3 mil por mês à família da vítima, o que soma cerca de R$ 46,8 mil ao fim da pena, e teve o direito de dirigir e tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Porém, durante a semana, um vídeo de Gabrielly, aparentemente dirigindo, viralizou nas redes sociais. Nas imagens, a jovem aparece com um chapéu country e uma blusa pretos e filma o trajeto percorrido.
Não é possível ver o veículo que ela usa, contuto, em outra imagem, Gabrielly está sentada em um quadriciclo com mesma roupa.
Gabrielly aparece sentada em um quadriciclo durante um evento
Reprodução
Ao receber as imagens, o MP-AC divulgou que vai tomar medidas no processo de execução penal e chamar a jovem para uma audiência.
Se for considerada uma falta grave, ela pode voltar ao regime semiaberto e passar a usar tornozeleira eletrônica.
O caso ocorreu em 29 de setembro de 2021, na Estrada da Floresta, em Rio Branco. Sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Gabrielly perdeu o controle do carro, invadiu a contramão e colidiu contra a motocicleta conduzida pela dentista Maria Josilayne Ferreira Duarte, de 24 anos, que morreu no local.
Josilayne ia encontrar o noivo, Heverton Neri, quando ele saísse do trabalho para irem juntos à casa de uma amiga.
Dor permanece
Ao g1 o pai da vítima, Marcelo Penteado Duarte, disse que espera providências do Ministério Público, mas que permanece cético quanto à efetividade das leis.
“As leis que temos permitem que casos assim se repitam. Ainda assim, esperamos que haja algum tipo de punição mais severa, já que ela descumpriu as restrições impostas. Já conforta um pouco, mesmo sabendo que injustiça foi feita desde o começo”, relatou.
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Marcelo contou também que a família não recebeu a indenização determinada pela Justiça porque Gabrielly alegou insuficiência financeira
“A minha dor é pela falta dela, não pelo que ela [Gabrielly] está fazendo agora. Devia ter havido justiça desde o começo, mas, infelizmente, não houve”, completou.
VÍDEOS: g1
