Prefeitura de Bauru suspende atendimento estendido em unidades de saúde após impasse com organização social
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Esquema utilizava a Organização Social de Saúde (OS) - Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi, sediada em Catanduva (SP)
Monize Poiani/TV TEM
A Prefeitura de Bauru suspendeu, a partir desta terça-feira (16), o atendimento em horário estendido das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Bela Vista, Geisel, Mary Dota e Independência após alegar descumprimento de plantões médicos pela Organização Social (OS) Mahatma Gandhi.
Essas unidades, que possuem as equipes médicas e de enfermagem geridas pela OS, deixarão de funcionar das 19h às 23h durante a semana e das 8h às 18h aos sábados. O atendimento regular, de segunda a sexta-feira até as 19h, segue normalmente.
UBS ficam sem médicos em Bauru por falta de pagamento
Segundo a prefeitura, a OS descumpriu plantões médicos em razão da falta de pagamento de salários, encargos e fornecedores. O g1 tenta contato com a OS.
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No dia 28 de agosto, uma médica da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Mary Dota se recusou a atender uma paciente alegando estar com pagamentos atrasados, que deveriam ter sido realizados pela OS.
A prefeitura afirma ter solicitado autorização judicial para realizar os pagamentos diretamente, mas não recebeu retorno. Sem essa determinação, o município diz não ter mecanismos legais para efetuar os repasses.
Médica se recusa a atender paciente por atraso de salário em Bauru
Para reduzir os impactos à população, a Secretaria de Saúde também informou que médicos clínicos serão remanejados para reforçar o atendimento nas UPAs Bela Vista, Geisel/Redentor e Ipiranga nos períodos de maior demanda.
Outras unidades, como as USFs do Jardim Godoy, Santa Edwirges, Vila São Paulo e Vila Dutra, continuam atendendo até as 22h, com vacinação aberta a toda a população até as 21h.
Intervenção
A OS está sob intervenção desde agosto, quando foi alvo da Operação “Duas Caras” do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apontou desvios milionários de recursos da saúde.
À época, nove diretores ligados ao hospital psiquiátrico Mahatma Gandhi foram presos e os bens da entidade foram bloqueados, impedindo o pagamento dos profissionais.
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