Perícia realiza reconstituição do assassinato de Adriana Oliveira sem a presença dos presos pelo crime
10/12/2025
(Foto: Reprodução) Reconstituição do assassinato de Adriana Alves Oliveira é realizada em Santa Luzia, no MA
A simulação do crime que resultou na morte da influenciadora Adriana Alves Oliveira foi realizada após a Justiça negar o pedido de adiamento feito pela acusação. A defesa alegava divergências entre a arma utilizada na ação pericial e a arma do crime. A principal dúvida é o calibre da arma que causou a morte de Adriana. No local, foi encontrada uma munição deflagrada, mas ela ainda não foi submetida à perícia do Instituto de Criminalística.
A acusação solicitou que a reconstituição fosse feita com um revólver de calibre 38, já que a simulação envolve uma perícia acústica. Esse tipo de exame analisa o som emitido pela arma, sua potência em decibéis e a propagação do som.
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No entanto, a defesa argumenta que a ordem processual foi invertida, pois, segundo ela, deveria primeiro ser identificado o tipo de arma e munição, e verificado se a munição encontrada é compatível com as lesões no corpo da vítima. Só então, seria possível determinar o calibre da arma usada no crime. Por ser uma ação pericial, os acusados não participaram da simulação.
Esquema de segurança e participação limitada na perícia
Para garantir a segurança e o cumprimento do cronograma, um esquema de segurança foi montado.
Reprodução/ TV Mirante
Para garantir a segurança e o cumprimento do cronograma, um esquema de segurança foi montado. Durante a manhã, parentes de Adriana começaram a se reunir nas proximidades da casa onde o crime ocorreu, local da simulação. Peritos do Instituto de Criminalística explicaram as fases da perícia e as regras para os presentes. Apenas os advogados de defesa dos acusados, o promotor de Justiça, o advogado de acusação e o pai de Adriana foram autorizados a acompanhar a simulação de perto.
A perícia foi solicitada pela defesa de Antônio Silva Campos e Valdy Paixão, pai e filho, que estão presos sob suspeita de serem os mandantes do crime. A simulação envolveu a captação de áudios, incluindo disparos de três armas de calibres diferentes, para traçar a sequência de ações e esclarecer as circunstâncias do assassinato.
Prisões e investigações continuam
Além de Antônio e Valdy Paixão, o sogro e o marido de Adriana, outros dois homens estão presos por suspeita de participação no crime. João Batista dos Santos é apontado como o executor do homicídio. O crime, ocorrido em 15 de março deste ano, é tratado como feminicídio.
Família sofre com a perda da filha
Influenciadora Adriana Oliveira foi morta a tiros em Santa Luzia
Arquivo pessoal
O pai de Adriana lamentou a morte da filha, lembrando que, no momento do crime, o Maranhão já registrava 35 casos de feminicídio. "São números absurdos, não pode acontecer isso. Muitas mulheres estão sendo mortas no nosso estado, no nosso país", afirmou ele.
A mãe de Adriana expressou o sofrimento de acompanhar o andamento do processo. "Parece que está acontecendo tudo de novo. Fico muito abalada", disse ela. "Às vezes, penso que não vou aguentar, mas me sustento nas minhas outras filhas e no neto da Adriana, que ela confiava muito em mim para cuidar."