Morre atriz Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galpão
25/12/2025
(Foto: Reprodução) Teuda Bara em cena, em foto de 2024
Luiza Palhares
Morreu nesta quarta-feira (25) em Belo Horizonte, aos 84 anos, a atriz Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galpão, companhia de teatro mineira que está entre as principais do país.
A atriz estava internada desde 14 de dezembro no Hospital Madre Teresa, na capital mineira. A confirmação da morte dela foi anunciada pela assessoria do Grupo Galpão, que não informou a causa.
O velório será na manhã desta sexta-feira (26), no Palácio das Artes, Centro de Belo Horizonte.
Teuda Bara nasceu em Belo Horizonte, em 1941. Filha de um major do Corpo de Bombeiros trombonista e uma enfermeira cantora e parodista, ela nunca frequentou curso formal de teatro. Aos 30 anos, quando cursava ciências sociais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fez teatro-jornal com o Diretório Acadêmico Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.
Aos 30 anos, Teuda estudava Ciências Sociais, na Universidade Federal de Minas Gerais, onde fazia teatro-jornal, junto ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. No terceiro ano, abandonou o curso e iniciou seu trabalho com o diretor Eid Ribeiro. Depois de fundar o grupo “Fulias Bananas” e de assistir à apresentação belo-horizontina de “Ensaio Geral do Carnaval do Povo”, seguiu para São Paulo para trabalhar com o diretor José Celso Martinez Corrêa. Um ano depois, retornou a Belo Horizonte se inscrevendo, no início de 1981, naquilo que seria o berço em que se formaria o Galpão: a oficina de teatro dirigida por dois membros do Teatro Livre de Munique, George Froscher e Kurt Bildstein.
Atriz e fundadora do Grupo Galpão, Teuda Bara, atuou na maior parte dos espetáculos do Grupo. No início dos anos 2000 viveu entre o Montreal e Las Vegas para, a convite do renomado diretor Robert Lepage, participar do espetáculo “K.Á.”, do Cirque Du Soleil. De volta ao Brasil em 2007, retomou sua carreira pelos palcos e ruas brasileiros, ao lado do Galpão. Estreou, em 2015, a peça “Doida”, produção independente que ela própria encabeçou, e na qual divide a cena com seu filho caçula Admar Fernandes. No cinema, atuou em filmes como “O Palhaço”, de Selton Mello, “La Playa D.C” (produção franco-colombiana) de Juan Andrés Arango e “As Duas Irenes”, de Fábio Meira (representante brasileiro no Festival de Berlim em 2017) e fez parte do elenco de “Órfãs da Rainha” de Elza Cataldo. Pelo curta “Ângela” (2019) da cineasta mineira Marília Nogueira, foi premiada no Festival de Brasília com o troféu Candango de Melhor Atriz.