Lula faz reunião ministerial e cobra empenho na aprovação de pautas ligadas à segurança pública

  • 13/11/2025
Em Brasília, ainda não existe consenso sobre o projeto que trata do combate às facções criminosas. Esta quinta-feira (13) foi de reuniões, mas, de novo, sem avanços. Especialistas criticam essa demora e condenam também a polarização que cercou a proposta, com oposição e governo medindo forças - sem levar em conta questões técnicas sobre segurança pública. Participaram da reunião com o presidente Lula os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski; da Fazenda, Fernando Haddad; e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além dos seis ministros que já foram governadores: o vice Geraldo Alckmin, Rui Costa, Wellington Dias, Camilo Santana, Waldez Góes e Renan Filho. O presidente queria ouvir as experiências que tiveram em seus estados e pediu que todos se envolvam na aprovação da PEC da Segurança Pública - que prevê a integração das forças federais, estaduais e municipais no combate ao crime organizado - e do PL Antifacção, na versão original enviada ao Congresso pelo governo. Em menos de uma semana, o relator do texto antifacção, Guilherme Derrite, do Progressistas, apresentou quatro versões. A primeira equiparava alguns crimes de facções criminosas com a Lei Antiterrorismo e subordinava ações da Polícia Federal à determinação de governadores estaduais. Diante das fortes críticas de especialistas e do governo federal, Derrite retirou os dois pontos. Na última versão, apresentada na noite de quarta-feira (12), Derrite manteve: a criação de um novo tipo penal, o "domínio social estruturado", para enquadrar crimes praticados por organizações criminosas e milícias, como: domínio de território ou atividades econômicas, ataques a serviços públicos essenciais e financiamento de facções; penas maiores para crimes associados às facções, podendo chegar a 65 anos no caso de chefes de organizações; e o monitoramento de conversas entre advogados e integrantes de facções presos. Lula faz reunião ministerial e cobra empenho na aprovação de pautas ligadas à segurança pública Jornal Nacional/ Reprodução Nessa versão, o relator prevê a divisão de bens e recursos apreendidos das organizações criminosas entre fundos estaduais e federais. Na versão anterior, os bens só iriam para os estados e o Distrito Federal. O governo protestou, dizendo que isso tiraria recursos da Polícia Federal. A sucessão de versões reflete a polarização em torno da matéria. Tanto governo quanto oposição ainda querem mudanças no texto do relator e pedem mais tempo para discussão. O presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, marcou a votação para terça-feira (18). Mas, sem acordo, tanto o texto final quanto a data ainda estão sujeitos ao estica e puxa partidário. O promotor Lincoln Gakyia, que atua há mais de 20 anos no enfrentamento ao PCC, disse que o assunto deveria ser uma questão de Estado e que a demora não interessa ao brasileiro vítima da violência: "A segurança pública hoje é um tema urgente. Nós precisamos realmente de mudanças, mas a politização não ajuda nenhuma das partes. Isso acho que não ajuda a nós, operadores do direito - policiais, promotores, juízes - que estamos na ponta e precisamos realmente de ferramentas modernas e adequadas para combater o crime organizado. A gente precisa de um endurecimento, sim, da nossa legislação, seja no tocante às penas, seja no tocante à execução de penas. Mas eu acho que isso não pode ser tratado como disputa política”. LEIA TAMBÉM Antifacção: sem acordo e diante de críticas, relator apresenta quarta versão do projeto Tarcísio defende avanço do PL antifacção de Derrite e diz que 'grande vitorioso será o estado brasileiro'

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/11/13/lula-faz-reuniao-ministerial-e-cobra-empenho-na-aprovacao-de-pautas-ligadas-a-seguranca-publica.ghtml


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