Imagens inéditas mostram como ficou tornozeleira queimada por Bolsonaro com ferro de solda

  • 23/11/2025
(Foto: Reprodução)
Fantástico mostra como funciona sistema de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas Em Brasília, a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, esteve na central que monitorava a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi de lá que saiu o alerta de que algo estava errado com o equipamento. A tentativa de violação, detalhada em reportagem do Fantástico, veio à tona no início da madrugada de sábado. O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal (Cime) registrou o incidente com o dispositivo usado pelo ex-presidente. O alerta no sistema de monitoração ocorreu precisamente à meia-noite e sete de sábado, indicando "violação do dispositivo". Inicialmente, Bolsonaro comunicou aos policiais penais que faziam sua escolta que havia batido o equipamento em uma escada. Entretanto, ao receber a equipe do Cime, Bolsonaro admitiu a real causa da avaria. Ele confessou ter usado uma fonte de calor no dispositivo: “Meti um ferro quente aí”, disse o ex-presidente. Questionado sobre qual ferro havia sido usado, ele respondeu: “Não. Ferro de soldar. Solda”. Bolsonaro também informou que a ação de danificar o equipamento havia começado "Já no final da tarde". Imagens inéditas mostram como ficou a tornozeleira queimada por Bolsonaro com ferro de solda Reprodução/TV Globo A pulseira do dispositivo estava "aparentemente intacta," mas o case havia sido violado. Relatório posterior da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) indicou que o equipamento trocado possuía "sinais claros e importantes de avaria". O documento apontou "marcas de queimadura em toda sua circunferência". A tornozeleira violada foi enviada ao Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, onde será analisada por uma equipe multidisciplinar. Após a violação ser confirmada pela equipe de escolta, o equipamento foi trocado e um novo dispositivo foi instalado. Ao decidir pela prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o incidente "constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga". Detalhe de tornozeleira queimada por Bolsonaro Reprodução Fantástico Tornozeleira queimada por Bolsonaro passa por perícia Reprodução Fantástico Bolsonaro usava a tornozeleira eletrônica desde 18 de julho, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente classificou o equipamento como uma humilhação em 21 de julho de 2025: “Isso aqui é um símbolo da máxima humilhação em nosso país”. A medida cautelar havia sido solicitada pela Polícia Federal (PF) e respaldada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), citando as ações do deputado Eduardo Bolsonaro para influenciar o governo dos Estados Unidos a pressionar as autoridades brasileiras. A tecnologia de monitoração eletrônica A monitoração eletrônica é coordenada por estruturas como o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica do Distrito Federal (Cime), que existem em cada estado. A monitoração funciona 24 horas, 7 dias por semana. A decisão judicial é quem estabelece todas as regras de monitoração. O secretário de administração penitenciária do DF Wenderson Souza e Teles afirma que "qualquer violação, qualquer ação do monitorado que fuja dessas regras, a gente trata essa informação e comunica ao judiciário para adotar as providências cabíveis". A tecnologia de monitoramento evoluiu, e o Brasil tem mais de 170 mil tornozeleiras em uso, segundo dados do primeiro semestre de 2025. Cada dispositivo tem uma placa que integra GPS, modem e dois cartões de operadoras telefônicas diferentes, buscando evitar instabilidade ou queda de sinal. As tornozeleiras emitem sinais de localização em tempo real, são resistentes à água, e possuem baterias que necessitam ser recarregadas diariamente. Elas também emitem alertas quando o monitorado sai da área permitida ou tenta violar o equipamento. A diretora do Cime, Ivani Matos Sobrinho, destacou que o propósito da monitoração não é que o equipamento seja inquebrável, mas sim que o monitorado "cumpra regras". Qualquer tipo de violação ou tentativa de violação, seja de pulseira ou estrutural, aparece para a central "na mesma hora" na tela de monitoração, confirmou Ivani. O simples fato de "sair do portão da casa e já vai pra rua" pode ser um descumprimento de regra se a determinação for a permanência domiciliar. Apesar de centenas de alertas diários, fugas efetivas são raras, segundo o secretário Wenderson. Se o corte da pulseira for caracterizado ou se houver uma fuga, a central é avisada imediatamente. Nesse caso, a violação é registrada e comunicada "de imediato para o judiciário para adotarmos providências ou regressão de regime ou decretação da prisão". A origem dessa tecnologia, iniciada no Brasil em 2010, remonta aos anos 1970, quando um juiz do Novo México, Jack Love, se inspirou em uma tirinha do 'Homem-Aranha', onde o vilão 'Rei do Crime' usava um bracelete para vigiar o herói. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1 e nos principais aplicativos de podcasts, trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo.

FONTE: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/11/23/imagens-ineditas-mostram-como-ficou-tornozeleira-queimada-por-bolsonaro-com-ferro-de-solda.ghtml


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