Frentistas de postos investigados por suspeita de ligação com o PCC no Piauí denunciam atraso em salários e 13º
09/12/2025
(Foto: Reprodução) Operação investiga infiltração de facção criminosa no mercado de combustíveis no Piauí
Frentistas que trabalham nos postos de combustível das redes HD e Diamante, interditados na Operação Carbono Oculto 86, que investiga um grupo que usava postos, empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro, cerca de R$ 5 bilhões, para o Primeiro Comando da Capital (PCC) e ocultar patrimônio, denunciaram que não receberam 13º salário e somente metade do salário referente ao mês de dezembro.
Cerca de 280 funcionários, entre frentistas, trocadores de óleo, atendentes de lojas de conveniência e trabalhadores de lava rápido seguem sem saber o que vai acontecer com seus empregos.
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Sebastião Oliveira, do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis Derivados de Petróleo (Sinpospetro), disse ao g1 que buscou os responsáveis pela defesa da rede de postos e foi informado que não há previsão para normalização dos pagamentos. Ele afirmou que irá acionar o Ministério Público do Piauí (MP-PI).
O g1 entrou em contato e aguarda posicionamento da defesa das redes de postos HD e Diamante.
Operação Carbono Oculto 86
A Operação Carbono Oculto 86, deflagrada em 5 de novembro, teve como alvos 49 postos de combustíveis, além de empresas de fachada e fundos de investimento em cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, o grupo usava essas estruturas para lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) e ocultar patrimônio. Dos 49 postos, 42 ficam no Piauí, sendo 16 em Teresina.
Entre os bens apreendidos estão um Porsche avaliado em R$ 550 mil e um avião modelo Cessna Aircraft 210M, pertencente ao empresário Haran Santhiago Girão Sampaio.
Outros 22 postos foram interditados em 11 de novembro por decisão judicial baseada em processos resultantes da operação.
Funcionários em postos de combustíveis interditados seguem trabalhando
Roberto Araujo / g1
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