'Eu não consigo esquecer' diz tutora de cachorra agredida por passeador
23/11/2025
(Foto: Reprodução) Passeador agride cão em elevador de prédio no Leblon
A tutora de uma cachorra idosa agredida por um passeador de cães no Leblon, na Zona Sul do Rio, na última segunda-feira (17), contou ao g1 que passou mal ao ver as imagens de câmera de segurança. Talita Veloso disse que passou mal.
"Quando eu vi o vídeo, eu colapsei", disse. "São imagens fortes, que eu não consigo esquecer, que eu não vou esquecer."
📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça
Talita contou que foi o síndico do prédio que descobriu a agressão. Ele sentiu cheiro de urina no elevador e foi checar as imagens de segurança para entender o que tinha acontecido e acabou descobrindo a agressão.
Agressão
As imagens mostram a cadelinha Xena, que parece uma "salsicha", entrando no elevador com o passeador. Ela se agacha, possivelmente para urinar, e o homem começa a agredi-la.
Ele puxa a cadela violentamente pela guia, que está fixada a uma coleira no pescoço do animal e não tem um peitoral que pudesse aliviar o impacto. O homem chega a batê-la contra as paredes do elevador e derrubá-la no chão.
Ao final da agressão, a cadelinha demora um pouco para se levantar. Sai andando do elevador e o passeador segue atrás, ainda segurando a guia. É possível ver uma mancha no chão.
Um homem agrediu um cachorro de pequeno porte, no elevador de um prédio no Leblon, na Zona Sul
Reprodução
Serelepe
Apesar das imagens chocantes, Talita diz que a cachorra está bem, está "serelepe". Xena, que foi batizada em homenagem à princesa guerreira do desenho animado, está sob os cuidados do ex-marido da tutora enquanto ela viaja.
Talita contou que já contrata a empresa de passeadores há algum tempo para garantir qualidade de vida à cadelinha. Segundo ela, há alguns profissionais diferentes que a atendem e o agressor já não era o favorito da bichinha.
"A Xena não gostava dele", disse.
Xena é uma vira-lata de 14 anos, que parece uma "salsicha".
Reprodução
Ela contou, ainda, que outras tutoras que usam o mesmo serviço compartilham essa impressão, mas nunca imaginou uma situação como essa.
A dona da empresa "Happy Dog" disse que ficou sem chão ao saber que um dos seus passeadores agrediu um cachorro e disse que ele foi imediatamente dispensado.
Agora, Talita quer justiça, para que uma situação como essa não se repita.
"É uma pessoa completamente despreparada para trabalhar com vulneráveis", disse a tutora.
Amor à primeira vista
Talita adotou a sua salsichinha vira-lata quando era professora universitária. Uma das suas alunas tinha uma ninhada para adoção, com uma única fêmea.
"Ela falou para mim: 'Ah Talita, não posso, vem pegar um macho", contou.
Mas foi amor à primeira vista. Talita conta que Xena pulou em cima dela e, desde então, seguiram juntas, nos últimos 14 anos. "Eu não tenho palavras", disse. "Ela está sempre ao meu lado."
*Estagiária sob supervisão de Cristina Boeckel.
Xena e Talita.
Reprodução