Erika Hilton pede explicações ao governo de PE sobre atuação da polícia em agressão contra turistas em Porto de Galinhas

  • 30/12/2025
(Foto: Reprodução)
Casal de turistas de Mato Grosso é agredido em Porto de Galinhas A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) informou, nesta terça-feira (30), que enviou um ofício ao governo de Pernambuco pedindo explicações sobre a atuação da polícia no atendimento ao casal de turistas agredido por barraqueiros na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife. A confusão aconteceu no sábado (27), depois que os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta se negaram a pagar uma taxa de serviço (saiba mais abaixo). Imagens gravadas por testemunhas mostram comerciantes dando socos e chutes nos clientes, que foram resgatados pela Guarda Municipal (veja vídeo acima). ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Parte do documento foi publicada pela deputada no X. No ofício, ela se dirige à governadora Raquel Lyra (PSD) e diz ter "profunda preocupação" sobre o ocorrido, solicitando "esclarecimentos urgentes". A parlamentar afirma, ainda, que as vítimas perceberam um "caráter homofóbico na violência sofrida". Na carta, Erika Hilton também reproduz o relato feito pelo casal sobre a confusão e a atuação das forças de segurança após o episódio. Segundo os empresários, a polícia foi ao hospital onde um dos turistas era atendido e ordenou que eles pagassem o valor cobrado pelos barraqueiros. O g1 entrou em contato com o governo de Pernambuco, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta. "É inaceitável que um casal, por se recusar a ser extorquido, seja vítima de um espancamento coletivo. E é nojento que a polícia, ao invés de prender os responsáveis, vá ao hospital cobrar o casal dos valores da extorsão", escreveu a deputada na postagem. LEIA TAMBÉM CRONOLOGIA: entenda o que motivou briga na praia OUTRO LADO: barraqueiros negam homofobia e preço abusivo INVESTIGAÇÃO: polícia intima agressores e barraca é interditada AGRESSÕES: 'eu vi a morte na nossa frente' REPERCUSSÃO: 'crime grave', diz governadora Raquel Lyra OAB: o que diz lei sobre consumação mínima Ainda de acordo com a deputada, os barraqueiros, ao cobrarem taxa de consumação ou aluguel para o fornecimento de mesas e cadeiras, agem "no limite da lei", apesar de serem tolerados "por conta da conveniência que oferecem aos frequentadores". "Quando os valores disso são alterados a bel-prazer do barraqueiro e sua cobrança é feita mediante ameaça de violência, temos um problema. Quando essa ameaça de violência é capaz de se concretizar imediatamente e, sem nenhuma necessidade de comunicação prévia, vinte outros barraqueiros se juntam para praticá-la em grupo, temos um problema gigantesco. E quando um policial atua como cobrador de quem age na ilegalidade e na violência, temos um escândalo", publicou. A deputada afirmou que o episódio de violência é "inaceitável em qualquer lugar do nosso país" e disse não afastar a possibilidade de que houve prática de homofobia. "Há quem afaste a possibilidade de homofobia. Não tenho pressa para isso. Pois, infelizmente, é plenamente possível que todos os envolvidos tenham pensado que, por ser um casal gay, seria mais fácil de extorqui-los e mais aceitável espancá-los", declarou. Deputada Erika Hilton pede explicações ao governo de Pernambuco sobre agressão a turistas em Porto de Galinhas Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Reprodução/WhatsApp Entenda o caso O casal de turistas de Mato Grosso que foi espancado por comerciantes de Porto de Galinhas contou ao g1 que cerca de 30 pessoas agrediram os dois na praia. Os socos, pontapés e cadeiradas começaram após os turistas se recusarem a pagar pelo uso de cadeiras e guarda-sol de praia. De acordo com as vítimas, o valor acordado previamente foi de R$ 50, mas, na hora do pagamento, o garçom cobrou R$ 80. As vítimas precisaram pedir ajuda às equipes de guarda-vidas civis que estavam na praia. Os agentes colocaram ambos na caçamba da viatura para que os comerciantes não conseguissem alcançá-los. A ação foi filmada por banhistas e mostram que os agressores também jogavam areia no rosto das vítimas. Os barraqueiros se pronunciaram sobre o caso e negaram que as agressões foram motivadas por homofobia. Em uma postagem no Instagram, o grupo de comerciantes disse que, ao contrário do que os clientes afirmaram, eles não cobraram nenhum valor acima do combinado. Nas imagens, o garçom Erivaldo dos Santos, identificado no vídeo como Dinho, alega que também foi agredido por um dos turistas após o casal se recusar a pagar o valor de R$ 80 pelo uso de cadeiras. Em entrevista à TV Globo, o funcionário disse que os valores do aluguel das cadeiras estavam na parte de trás do cardápio da barraca. Medidas emergenciais Em nota, a prefeitura de Ipojuca lamentou o episódio e informou que decidiu interditar por uma semana a barraca onde a confusão ocorreu. Ao menos, 14 pessoas envolvidas foram identificadas, segundo o governo do estado. Após reunião com a polícia e o Procon, a gestão municipal divulgou uma série de medidas emergenciais para organizar o comércio no litoral: ⁠reforço das ações de fiscalização na orla, com ampliação do efetivo da Guarda Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente atuando na área; comunicação formal à barraca para o afastamento imediato e preventivo dos garçons e atendentes envolvidos, até a conclusão das investigações; intensificação da fiscalização para coibir práticas irregulares, como venda casada e exigência de consumação mínima; ⁠reforço das ações de fiscalização quanto ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor, inclusive sobre a ação de pessoas que atuam de forma irregular como “flanelinhas”. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/12/30/erika-hilton-governo-de-pernambuco-agressao-turistas-porto-de-galinhas.ghtml


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