Corredores homenageiam atleta que morreu aos 40 anos após passar mal em Teresina: 'ensinou sobre garra e amor pelo esporte'
06/07/2025
(Foto: Reprodução) Atleta morreu na terça-feira (1º) e foi diagnosticado com miocardiopatia hipertrófica. Edson da Silva compartilhava nas redes sociais rotina de treinos de corrida e musculação. Em maio deste ano, ele participou de competição de fisiculturismo. Corredores homenageiam atleta que morreu aos 40 anos após passar mal em Teresina
Um grupo de corredores, amigos e familiares se reuniu no sábado (5) para prestar homenagens ao atleta Edson da Silva Ferreira, que morreu na madrugada de terça-feira (1º) após passar mal depois de um treino durante a noite. Ele foi diagnosticado com miocardiopatia hipertrófica.
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"Edson partiu, mas sua presença permanece viva em cada corrida, em cada treino, em cada sorriso que ele deixou por aqui. Esse vídeo é uma pequena homenagem a um gigante que nos ensinou sobre garra, humildade e amor pelo esporte. Que sua história siga nos inspirando dentro e fora das pistas", publicou em uma rede social a empresa de assessoria esportiva que acompanhava o atleta.
Durante o encontro, o grupo fez um momento de oração em memória de Edson da Silva, soltou balões brancos e o aplaudiu (veja imagens acima).
Corredores homenageiam atleta que morreu aos 40 anos após passar mal em Teresina: 'ensinou sobre garra e amor pelo esporte'
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Diagnosticado com condição genética
Edson da Silva Ferreira compartilhava nas redes sociais a rotina de treinos de corrida e musculação. Em maio deste ano, ele participou de uma competição de fisiculturismo.
Segundo o farmacêutico e nutricionista que o acompanhava, João Pedro Brito, o corredor adotou a prática frequente de atividades físicas há cerca de dois anos e meio.
"Quando ele chegou pra acompanhamento, há dois anos e meio, ele tinha sobrepeso, hábitos ruins, começou a melhorar tudo isso e chegou em um físico muito bom. Não saía da dieta, até pra comer uma refeição livre, fazia com controle. Fazia cardio [exercícios cardiovasculares] com frequência. Quem acompanhou, viu que ele estava bem de condicionamento físico", publicou na quarta-feira (2).
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"Ele chegou pra mim e disse 'João, o que tu acha de competir?', eu queria ter a experiência pra saber como que é e eu disse 'beleza, nem precisa fazer muita coisa', isso faltando dois meses para o campeonato. O que foi feito de diferente, na época, foi que a gente baixo o [consumo de] carboidrato. E na semana final, a gente oscilou a ingestão de água", relembrou o nutricionista.
Edson da Silva passou mal após um treino durante a noite e morreu na madrugada de terça-feira (1º). Após a morte, exames médicos detectaram que a vítima sofria de miocardiopatia hipertrófica.
"Ele não abusou de diurético, não abusou de estimulante, não estava usando nenhum pré-treino. Se tivesse sido alguma coisa em exagero, alguma loucura, por assim dizer, no período da competição, teria acontecido durante a finalização ou durante o campeonato, porque a condição que ele tinha era algo muito sensível pra parte cardíaca e ele não sabia. Ele não sabia do histórico familiar, porque não tinha contato com a família biológica", completou.
O que é miocardiopatia hipertrófica
Ao g1, o cardiologista Fernando Giordano explicou que a miocardiopatia hipertrófica é uma condição genética que pode ser diagnosticada precocemente com exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca.
"Ela aumenta o músculo cardíaco de um jeito assimétrico e esse aumento vai causar uma desconfiguração das fibras miocárticas e pode aumentar a chance de arritmias cardíacas malignas. Existem tratamentos para essa patologia, desde implante de marca-passo, cardiodesfibrilador, até cirurgias para diminuir o crescimento, que chama miectomia. Cada caso tem que ser avaliado individualmente", informou.
"Poderia ocorrer até em repouso uma morte súbita, mas é claro que fazendo atividade física, quanto maior a intensidade, a chance é maior de ocorrer, porque você está colocando o corpo num estresse maior", continuou.
O médico recomenda que antes de iniciar uma atividade física, um profissional da saúde seja consultado.
"Se tiver alguns sintomas de alarme, como, por exemplo, dor precordial, falta de ar excessiva, arritmia cardíaca com palpitações, síncope, que é desmaio, tem que procurar o cardiologista. Todo cuidado é pouco. A gente tem que estar um passo na frente da doença, é muito importante para evitar fatalidades", finalizou.
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