'Cinturinha de boneca': professor é afastado suspeito de assédio sexual contra alunas em SC
29/10/2025
(Foto: Reprodução) Sala de aula vazia de escola estadual de Santa Catarina
Roberto Zacarias/Secom/Divulgação
Um professor de Educação Física foi afastado das escolas onde trabalhava em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, após ser acusado de assédio e importunação sexual contra alunas adolescentes. Alunas de 14 e 15 anos relataram que o professor tocava partes do corpo como rosto, cabelo, costas, cintura e nádegas durante as aulas e atividades físicas.
A medida foi tomada a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com base em investigação da Polícia Civil e divulgada nesta quarta-feira (29).
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Segundo o MPSC, os casos teriam ocorrido entre 2024 e agosto de 2025, em escolas públicas da rede estadual e municipal. Há também registros semelhantes feitos em 2021.
O professor também teria feito comentários constrangedores sobre a aparência das alunas, como “cinturinha de boneca” e “vocês estão muito bonitas”.
Em outro caso, o professor fez um comentário de cunho sexual ao ver uma aluna enchendo uma bola, o que a deixou constrangida. A investigação também aponta que ele abraçava estudantes, pedia para segui-las nas redes sociais e as intimidava após as denúncias.
De acordo com a Justiça, as alunas relataram crises de ansiedade e passaram a evitar as aulas por medo de novos episódios de abuso.
A promotora Raísa Carvalho Simões Rollin, da 2ª Promotoria de Justiça de Jaguaruna, defendeu medidas cautelares, já que o professor atuava em duas escolas da cidade.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Professor já havia sido afastado
O afastamento foi determinado na última quarta-feira (22). O professor está proibido de entrar nas escolas, se aproximar das vítimas e testemunhas, inclusive por redes sociais ou por terceiros, e deve manter distância mínima de 300 metros.
Antes disso, o professor já havia sido afastado por 60 dias em um processo administrativo. O MPSC considerou necessário ampliar a medida para o âmbito criminal. Se descumprir as determinações, ele pode ser preso preventivamente.
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