Após AVC grave, youtuber Pirula enfrenta sequelas, diz família; entenda quadro

  • 22/12/2025
(Foto: Reprodução)
Aumenta número de jovens tratando efeitos de AVC O youtuber e divulgador científico Pirula sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) grave no fim de maio e atravessou um período crítico nas semanas seguintes, segundo relatos recentes de familiares e amigos. Eles afirmaram, durante uma live transmitida no YouTube, que o quadro exigiu cuidados intensivos, incluiu uma cirurgia para retirada temporária de parte do crânio e resultou em sequelas motoras do lado direito do corpo, além de alterações na fala e na memória —que vêm apresentando melhora gradual com a reabilitação. De acordo com os relatos, o AVC atingiu o lado esquerdo do cérebro. Pirula passou a usar cadeira de rodas e iniciou ainda na internação um processo de reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Amigos destacam que a compreensão está preservada, que a fala evolui aos poucos —com mais dificuldade para encontrar palavras— e que a memória reconhece pessoas e fatos, embora haja falhas pontuais, como esquecer senhas. As primeiras semanas, dizem, foram as mais delicadas, com risco elevado de complicações. O biólogo, paleontólogo e youtuber Pirula após apresentação de show de comédia Pirula/Divulgação Entenda o que acontece no cérebro durante um AVC O acidente vascular cerebral ocorre quando uma região do cérebro deixa de receber sangue adequadamente ou quando há sangramento dentro do próprio tecido cerebral. O sangue é essencial porque leva oxigênio e glicose, as principais fontes de energia dos neurônios. “No AVC isquêmico, o mais comum, um vaso se obstrui e o sangue não chega a uma área do cérebro; sem energia, as células entram rapidamente em sofrimento e podem morrer”, explica Orlando Maia, neurocirurgião do Hospital Quali Ipanema, membro titular da World Federation of Neuroradiology e vice-presidente do Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Já no AVC hemorrágico, o problema é o rompimento de um vaso: o sangue extravasa, comprime o tecido e aumenta a pressão dentro do crânio. O cérebro consome muita energia e não consegue armazená-la. Por isso, poucos minutos sem oxigênio e glicose já iniciam danos irreversíveis. “A cada minuto que passa sem circulação adequada, mais neurônios morrem”, diz Maia. Esse processo explica por que o atendimento rápido é decisivo. Fala, memória e o ‘mapa’ das sequelas No AVC isquêmico, existe uma janela para tentar reabrir o vaso e restaurar o fluxo sanguíneo. Medicamentos trombolíticos podem dissolver o coágulo em até quatro horas e meia após o início dos sintomas; em casos selecionados, procedimentos endovasculares podem retirar o trombo com cateteres. “Quanto mais cedo o tratamento, maior a chance de salvar tecido cerebral e reduzir sequelas”, afirma Werlley de Almeida Januzzi, diretor do Pronto-Socorro do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). O cérebro controla o corpo de forma “invertida”. Os comandos que saem do lado esquerdo do cérebro descem por feixes de nervos que se cruzam antes de chegar aos músculos. Por isso, quando uma lesão atinge o hemisfério esquerdo, o lado direito do corpo costuma ser afetado, e o contrário também acontece. Quando o AVC atinge áreas responsáveis pelo movimento, a pessoa pode ter fraqueza ou paralisia de braços e pernas. Se a lesão ocorre em regiões ligadas à linguagem, surgem dificuldades para falar, formar frases ou encontrar palavras, mesmo quando a compreensão do que os outros dizem está preservada. As sequelas variam conforme o local e a extensão da lesão e o tempo sem circulação. Lesões em áreas da linguagem podem causar dificuldade para formar frases; danos em regiões da memória e atenção levam a esquecimentos e confusão mental. “Existe uma área central do dano, que se perde rapidamente, e uma área ao redor —a penumbra— que ainda pode se recuperar se o fluxo voltar a tempo”, explica Januzzi. Por que as primeiras semanas são críticas Após um AVC extenso, ocorre uma cascata inflamatória que pode levar ao inchaço cerebral. Como o crânio é rígido, a pressão aumenta e ameaça funções vitais. Em situações graves, é necessária a craniectomia descompressiva —retirada temporária de parte do osso— para salvar a vida. “É uma cirurgia para ganhar espaço e permitir que o cérebro atravesse a fase mais perigosa”, diz Maia. Apesar da gravidade, o cérebro tem capacidade de adaptação. Esse processo, chamado neuroplasticidade, permite que áreas preservadas assumam parcialmente funções perdidas. É uma das razões pelas quais alguns pacientes conseguem cantar melhor do que falar após um AVC: redes cerebrais diferentes podem ser estimuladas na reabilitação para apoiar a linguagem falada. A recuperação costuma ser mais intensa nos primeiros meses, mas pode continuar por anos, especialmente com reabilitação consistente. “Nos primeiros seis meses os ganhos são mais rápidos, mas não se desiste depois disso; cada avanço conta”, afirma Maia. Fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional são fundamentais para aproveitar a plasticidade do cérebro. Reinaldo e Pirula afirmam que a Terra está no caminho para nova extinção em massa

FONTE: https://g1.globo.com/saude/noticia/2025/12/22/apos-avc-grave-youtuber-pirula-enfrenta-sequelas-diz-familia-entenda-quadro.ghtml


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